Humanerrar

Erros, todos nós cometemos
Que atire aquela famosa pedra aquele que nunca errou
Mas atire em sua cabeça, afinal errar é humano

Porém discordo completamente da máxima de que errar é humano e persistir no erro é burrice. Acho mais burra ainda esta “crendice”. Sim, para mim isso é crendice popular para dar desculpas esfarrapadas para os erros próprios cometidos mais de uma vez. Pense, na boa, se todos nós vivêssemos pensando em não errar mais de uma vez...bom, acho que nossa vida pararia. Temos muitos medos, angustias, desejos, vibrações que nos impulsionam a fazer tudo.

Como controlar isso para jamais errar uma segunda vez por um mesmo objetivo? Se você tem uma meta, um objetivo que queira cumprir, você vai atrás. E terá enorme probabilidade de errar. Aí vai o cidadão pensar: “porra errei uma vez, e agora? Desisto do meu sonho?!”

JAMAIS! Isso sim seria mais burrice do que errar novamente.

Você trilha um caminho atrás de um sonho, mas este caminha está errado. Isso quer dizer que jamais irá procurar outro caminho? Pense bem!

Há, também, aqueles erros que podemos mudar o final e fazer de uma forma bem diferente. No entanto, para isso, precisamos nos convencer de que agimos errado. Apenas para nós, e não para os outros. Enquanto não nos convencermos destes erros jamais seremos capazes de mudar. Mas, mesmo assim, não seria burrice errar novamente. Seriam, sim, lições da vida que teríamos que saber aproveitar.

Eu já errei demais, errei tanto como os outros. E meus erros refletem nas pessoas que mais amo, direta ou indiretamente. Com isso quero pedir desculpas para todos com quem já errei algum dia, que já magoei. O que aconteceu não foi por falta de caráter e sim por imaturidade ou falta de percepção do espaço ao qual pertenço.

Mas entre todos, quero deixar um pedido de desculpa especial a minha mãe que aguentou minha rebeldia adolescente, minha covardia perante a vida, gritos e xingamentos que ela não merecia; e também minha esposa e meus filhos que me aturam no dia a dia, que são obrigados a aguentar meu estresse, por exemplo. Queria pedir perdão ao meu pai por muito que errei e não tive tempo de me perdoar com ele. Há dois anos, após seu falecimento vivo com a culpa de nem ao menos ter tentado dizer uma última vez: “Papai, me desculpe”. E naquele dia ainda faltou: “Papai, EU TE AMO”.


Rafael Gmeiner      -      23h17      -       1/02/2013

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