Vendedor de Vírgulas

Pra eternidade, meu PAI Um homem que não era apenas mais um homem Era um ser humano sem igual Um homem diferente, sem precedentes Não há definições que o definam perfeitamente Por que, pessoas de enorme coração, são indefiníveis São sem explicação e não existem em qualquer lugar Apenas estão para quem merecem Ele foi meu pai, amigo, companheiro Meu mais fiel escudeiro Altaneiro em minha vida Eternamente dentro dos nossos corações Paulo,  do latim "pouco, pequeno",   é uma pessoa com muita disposição e otimismo contagiante Encara cada dia como um novo degrau para obter desenvolvimento material e social, Dono de uma ambição inata, planeja   cuidadosamente os passos da sua caminhada para o sucesso Roberto, significa brilhante, famoso.  Indica uma pessoa muito estudiosa e trabalhadora, mas também muito centralizadora Portanto, Paulo Roberto, nada mais significa do que "Pequeno Brilhante" Meu pequeno pai, por sua estatura, mas

É incrível como as coisas acontecem Conhecemos pessoas das mais diversas etnias Das mais diversas raças, das mais diversas cores Das mais diversas vidas Vidas distintas e instintas Que se parecem e são tão diferentes Vidas que nos confundem Vidas que nem ao menos sabemos o por que são vidas Mas nesta vida, e até em outras, Encontramos pessoas importantes e especiais Pessoas que, mesmo longe, estão perto, bem perto Que nos fazem felizes, que nos fazem bem Isso é o que me faz viver, isto é o que me faz sonhar Sei que amanhã, na calada solitária da ausência repentina, Tenho pra onde correr e onde me abrigar Tenho tudo nesta vida Então pra que chorar, pra que sofrer Se posso sorrir sempre? Rafael Vivian Gmeiner    -    17h37     -     24/06/2010

Add, significa adicionar, mas... Adicionar o que? Quem? Como? Quando estudei a matemática Adicionar era soma Somar um com um que dá dois Mas nunca ouvi que um add um são dois Essa é a nossa revolução tecnológica, Esta estranha globalização Que me faz te encontrar na tela do computador E, simplesmente, te add Se eu te add, um com um dá dois Neste caso, um add um...DOIS! Add, por pior que pareça, é uma adição Eu adicionar você, você a mim, você a ele, Ao outro e assim por diante Se nos adicionarmos, nos somarmos, Seremos muito mais, cada vez mais Sempre mais Um é pouco, dois é bom, três é demais? Então sejamos demais, sejamos sempre mais Façamos mais e que a gente viva mais e demais Rafael Gmeiner     -        20/06/10    -    00h57      

Estar só é inexplicável É uma mistura de dor, medo, tristeza Ou até mesmo, quem sabe, nada disso É difícil dizer o que é sentir-se só Não faz sentido O sentido se faz de você estar junto Junto a si mesmo Sempre me pergunto o que me faz triste Afinal, daí sinto-me só Será que é possível entender? Meu sentimento, me faz chorar, berrar, gritar Por algo, que um dia eu fui e quis Me transporta na minha velha infância Que desde pequena, me fez crescer e amadurecer Hoje, na minha futura velhice, não vejo minha pureza minha simplicidade de 20 anos passados Passados, futuros, que fazem a minha vida valer a pena Passados, futuros que nunca me deixam só Passados, futuros que fazem parte de mim Passados, futuros que passam por mim Passados e futuros que jamais me deixam só Passados, futuros...passados...passados... Rafael Gmeiner     -       18/06/2010    -      18h24

Pronde vai? Toda tampa de caneta? todo recibo de estacionamento? todo documento original? Isqueiro, caderneta, a camiseta com aquele sinal... Pronde vai... toda palheta? Pronde foi... todo nosso carnaval? Pronde vai? Todo abridor de lata? Toda carteira de habilitação? Recado não dado, centavo, cadeado? Todo guarda-chuva! Pra fuga pro temporal! Pronde vai... o achado, o perdido? eu não sei, veja bem... não me leve a mal... Pronde vai? todo outro pé de meia, carteira, brinco e aparelho dental? pronde vai... toda diadema? recibo, receita e o nosso enredo inicial? Pronde vai? toalha de acampamento, presilha, grampo, batom de cacau elástico de cabelo lápis, óculos, clips, lente de contato? a nossa má memória! a denúncia no jornal? pronde vai... aliança, chaveiro, chave, chinelo? e o controle pra trocar canal Pronde vai? O solo que não foi escrito? Labareda nesse labirinto, o instinto, o reflexo, sem seguro O coro do Socorro! O lançamento oficial! Pronde v

Sem horas e sem dores Respeitável público pagão A partir de sempre Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser Todo verbo é livre para ser direto ou indireto Nenhum predicado será prejudicado Nem tampouco a frase, nem a crase, nem a vírgula e ponto final. Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas E estar entre vírgulas pode ser aposto E eu aposto o oposto que vou cativar a todos Sendo apenas um sujeito simples Um sujeito e sua oração Sua pressa, sua prece, Que enxerguemos o fato De termos acessórios para nossa oração Separados ou adjuntos, nominais ou não Façamos parte do contexto Sejamos todas as capas de edição especial Mas, sejamos também a contra-capa Por que ser a capa, mas ser contra-capa É a beleza da contradição É negar a si mesmo E negar a si mesmo É muitas vezes encontrar-se com Deus Com o teu Deus Sem horas e sem dores Que nesse momento cada um que se encontra aqui agora Um possa se encontrar no outro

A gente se engana, a gente se confunde Criamos mitos, desvendamos verdades e mentiras Descobrimos o surreal de viver e o irreal sobre existir Logicamente achamos uma resposta Dela, quase nunca, podemos tirar o que queremos E, quase sempre, sem querer sabemos como fazer Aos poucos, sentimos dor e sofremos Ao passo que sorrimos e somos felizes Você pode até saber por que, mas Desesperadamente se irrita ao não saber Loucamente se transforma se é possível que saiba Subitamente se destrói se nada sabe e mesmo assim continua Assim é a vida! Aos trancos e barrancos, nas ladeiras, nas praças Nos bosques ou em qualquer lugar e da forma que for Não interessa se é assim Não interessa a ninguém E é justamente este desinteresse Que promove a raiva e o rancor Este desinteresse pelo outro De não mais querer saber quem é quem E por que é quem Quem mais se importa? Às avessas, fingimos-nos a importar Por outro lado, eganamo-nos a errar E como seres errantes Continuamos mesmo assim Seguimos fazend

Parando pra pensar melhor, Me questiono: O que é a vida? O que será realmente viver? Será que vivi tudo como eu quis viver? Voltando a infância percebo que meus sonhos  Não foram construídos como quis, Mas todos eles me deixaram muito feliz Todos eles me realizaram Ao longe, vejo tudo o que não conquistei De tudo que queria quando criança Mas aqui, pertinho de mim, Vejo tudo o que tenho, tudo o que nem ao menos sonhei Voltando ao dilema, O QUE É VIVER? Hoje sei que viver não é almejar e construir o que sonha Mas sim, viver intensamente cada segundo tudo o que se tem É valorizar sua vida pelo o que ela é É saber agradecer, à você mesmo, tudo o que conquistou Rafael Gmeiner  -   6/01/2010 (primeiro poema do ano rs)  -  16h29